Uma das temporadas mais aguardadas por ambientalistas e turistas já começou: a chegada das baleias-jubarte ao litoral brasileiro. Os primeiros registros impressionantes já chamam a atenção de quem acompanha a migração desses gigantes marinhos.
No último sábado (5), uma baleia foi flagrada nadando nas águas de Ipanema, próximo à Ilha Rasa, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
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O vídeo foi feito por Gabriel Klabin, com o uso de um drone. Nas imagens, a baleia parece interagir com a câmera e até levanta a nadadeira, gesto interpretado como um "aceno" por quem assistiu à cena.
Migração anual e reprodução
As baleias-jubarte migram todos os anos da Antártida em direção às águas quentes do litoral brasileiro, onde permanecem entre os meses de junho a novembro para o período de reprodução. O litoral do Rio de Janeiro está entre as rotas mais conhecidas da espécie.
Apesar de seu porte, podendo chegar a 16 metros de comprimento e pesar até 40 toneladas, as jubartes são famosas por seus saltos e comportamentos curiosos. Essas características fazem da temporada um atrativo tanto para pesquisadores quanto para turistas.
Bahia lidera rota turística de observação
Na Bahia, cerca de 20 mil baleias devem passar pela costa durante a temporada, segundo especialistas. Os principais destinos para observação incluem:
Praia do Forte
Os passeios são organizados pelo Projeto Baleia Jubarte, que atua em parceria com o Projeto Tamar. Antes da saída para o mar, os turistas assistem a uma palestra educativa sobre os hábitos e a conservação das baleias. A observação pode ser feita por escuna, lancha ou avião.
Itacaré
O município conta com passeios embarcados organizados por agências locais, geralmente acompanhados por biólogos ou guias especializados. Também há mirantes e praias que permitem avistar as baleias da costa, como a Praia da Concha, Praia da Tiririca, Praia da Engenhoca, Itacarezinho e o Restaurante Mirante Marina, no alto da Praia do Costa.
Abrolhos
Considerado um dos melhores lugares do Brasil para ver jubartes, o Parque Nacional Marinho de Abrolhos, no extremo sul da Bahia, é um berçário natural da espécie e uma área de extrema importância para a biodiversidade do Atlântico Sul.
Pesquisas recentes indicam que quatro dos dez habitats analisados na região não possuem mecanismos de proteção ambiental, o que reforça a necessidade de ampliar as áreas de conservação marinha.
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