
A cantora Lexa compartilhou nas redes sociais, nessa segunda-feira (10), a triste notícia da morte de sua filha recém-nascida, Sofia, três dias após o parto.
Em sua declaração, a artista revelou que enfrentou pré-eclâmpsia com síndrome de Hellp, uma grave complicação gestacional que levou ao nascimento prematuro da bebê.
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Mas o que exatamente significam esses termos médicos e quais são seus impactos na gravidez?
O que é a pré-eclâmpsia?
A pré-eclâmpsia é uma condição obstétrica que geralmente surge após a 20ª semana de gestação e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial da gestante, chegando a níveis iguais ou superiores a 140/90 mmHg (14 por 9). Além disso, há a presença de proteína na urina, conhecida como proteinúria.
A principal causa da pré-eclâmpsia está associada a problemas no desenvolvimento da placenta. Normalmente, os vasos sanguíneos do útero se expandem para garantir um fluxo adequado de sangue para o feto.
No entanto, em mulheres com pré-eclâmpsia, esses vasos não se dilatam corretamente, reduzindo o suprimento de oxigênio e nutrientes para o bebê. Isso pode levar a complicações graves para a mãe e para o feto.
Se não for tratada, a pré-eclâmpsia pode evoluir para eclâmpsia, uma condição mais severa que inclui convulsões, podendo colocar em risco a vida da gestante e do bebê.
Síndrome de Hellp: uma complicação ainda mais grave
Em alguns casos, a pré-eclâmpsia pode se agravar e evoluir para a síndrome de Hellp, uma condição rara, mas extremamente perigosa, que pode levar à falência de órgãos. O termo "Hellp" é um acrônimo em inglês para:
• Hemólise (destruição das células vermelhas do sangue);
• Elevadas enzimas hepáticas (indicativo de problemas no fígado);
• Low Platelets (baixa contagem de plaquetas, dificultando a coagulação do sangue).

A síndrome de Hellp pode comprometer gravemente o fígado e os rins da gestante, aumentando o risco de hemorragias e de descolamento prematuro da placenta, que pode levar ao parto de emergência.
O tratamento geralmente envolve a indução do parto ou uma cesariana para preservar a vida da mãe e do bebê.
Fatores de risco e prevenção
Ainda não se sabe exatamente o que causa a pré-eclâmpsia, mas existem alguns fatores de risco conhecidos, como:
• Primeira gestação;
• Idade materna inferior a 18 anos ou superior a 40 anos;
• Histórico familiar de pré-eclâmpsia;
• Hipertensão crônica;
• Diabetes;
• Obesidade;
• Doenças autoimunes, como lúpus;
• Gestação gemelar.
Embora não haja uma cura definitiva para a pré-eclâmpsia, o acompanhamento médico rigoroso durante a gravidez é fundamental para detectar precocemente sinais da condição e reduzir os riscos.