
A Flipêlo reuniu dezenas de estudantes na Fundação Casa de Jorge Amado, em Salvador, na manhã desta sexta-feira (9). A visita dos colégios fez parte da programação do evento, que promoveu encontros com autores, ilustradores e aproximou os jovens da literatura nacional.
Apesar da atmosfera de incentivo à leitura, a realidade fora do festival ainda revela desafios. O tempo dedicado às telas costuma superar o que é destinado aos livros. Segundo a pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, a média de livros lidos por ano no país é de apenas 2,73 por habitante.
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Ao Portal Massa!, crianças e adolescentes contaram suas experiências com a leitura, que superam a média anual da maioria dos brasileiros.
Alunas do Colégio Adventista compartilharam experiências que ultrapassam a média nacional. Maiara, estudante do 3º ano do ensino médio, afirmou ter lido cerca de 12 livros apenas neste ano. Dentre eles, sete são clássicos da literatura brasileira. “A maior parte é da Clarice, mas o Jorge Amado eu já li Capitães de Areia”, contou.

Sua colega, Vitória, da mesma turma, leu quatro livros em 2025, também incluindo o clássico de Jorge Amado. Ambas destacaram a influência da leitura em suas vidas e escolhas profissionais. “A literatura sempre foi uma forma de conhecer novos mundos. Eu quero seguir uma carreira na área de humanidades, talvez Direito ou Sociologia”, disse Maiara.
Já Vitória destacou o papel da leitura como fonte de inspiração. “Direito envolve leis, livros... então acho muito importante”.
A leitura também é presente na vida de alunos mais jovens. Ariane de Vitória, de 11 anos, da Escola Municipal Jandira Dantas, contou que já leu mais de 30 livros este ano, incluindo os trabalhados em sala de aula. João Carlos Costa de Almeida, também de 11 anos, afirmou ter lido entre seis e sete livros, incluindo uma biografia de Jorge Amado.