
Abrir mão de uma profissão ou até mesmo de ter a Carteira de Trabalho assinada para ‘se jogar’ no próprio negócio é uma missão bastante desafiadora e que exigente muita resiliência.
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Em meio às dificuldades no mercado de trabalho, aliado a um dom, algumas pessoas decidem tentar a sorte e embarcam no mundo do empreendedorismo. A princípio, as dificuldades são grandes, no entanto, quem consegue se estabelecer e montar a própria empresa não costuma voltar atrás.
Em entrevista ao Portal Massa!, as confeiteiras Ises Karolyne Silva e Grasi Morais revelaram quais foram os motivos para que cada uma delas decidissem ‘mergulhar’ no mundo dos doces.
Mesmo enquanto trabalhava em uma clínica, Ises já fazia algumas encomendas para a galera e, por causa da boa qualidade, os pedidos aumentaram. “Produzia apenas quando chegava do trabalho e se tornava algo super cansativo, tinha dias que passava madrugada produzindo para depois ir trabalhar. Só quando fui desligada da empresa acreditei de fato que meu negócio daria certo, o lucro das encomendas ultrapassava o valor do meu salário”, afirmou.
Mesmo morando em Lauro de Freiras, ela decidiu investir em um ateliê no bairro da Liberdade, em Salvador, já que foi lá que fez os primeiros doces na cozinha da avó.

Já no caso de Grasi Morais, que também é advogada, uma revelação por meio da fé foi fundamental para que ela, mesmo depois de formada, seguisse no mundo da confeitaria. Os atendimentos e encomendas são feitos de forma online.
“Há uma década, Deus falou grandemente comigo acerca de um dom que Ele me concederia, com o qual eu iria trabalhar. Diante disso, posso asseverar que eu não decidi trabalhar com advocacia e coisas afins porque antes de me formar eu já sabia que o que eu amava era ser confeiteira”, revelou.

Tomada de decisão e apoio familiar
Para se jogar no próprio negócio, Grasi destacou que não teve resistência por parte dos familiares, pois ela já deixava claro qual era seu verdadeiro desejo.
“Graças ao Boníssimo Deus, não foi árdua essa decisão, pois as pessoas mais próximas a mim, como minha mãe, meu irmão e meu namorado - que hoje é meu esposo - já sabiam que o que gostava mesmo de fazer era confeitar”, explicou.
Apesar de sonhar com a própria empresa, o caso de Ises Karolyne foi um pouco diferente. Inicialmente, ela foi demitida do ‘trampo’ e, por isso, a própria família ficou receosa de que algo pudesse dar errado.

“No início quando fui desligada da empresa a família ficou bem apreensiva. Mas sempre tive apoio da minha família, hoje trabalho com meu braço direito que é meu irmão, Michael e quando preciso vem esposo, mãe a família toda”, brincou.
Qualidade de vida
A decisão tomada por elas proporcionou a possibilidade de controlar o próprio tempo, conquistar bens materiais, além de conquistar a independência financeira.
Ises revelou que conseguiu realizar alguns sonhos pessoais graças ao trabalho com confeitaria. “Tivemos oportunidade de conquistar a nossa casa, temos um ateliê de produção, hoje tenho tempo de qualidade com a minha família e me sinto realizada em proporcionar momentos inesquecíveis para outras famílias”, celebrou.
A situação de Grasi é bem semelhante e ela conseguiu ter retornos pessoais e profissionais desde que embarcou no próprio negócio.
“Consegui alcançar a almejada independência financeira e a quitar as minhas despesas com o fruto do meu trabalho. Outra coisa muito boa que alcancei foi a possibilidade de elaborar a minha própria agenda de trabalho”, iniciou.

“Desde 2018, Deus me concedeu a portentosa oportunidade de compartilhar o meu conhecimento por meio de cursos presenciais de confeitaria, e, a partir de 2021, pude lecionar para pessoas espalhadas pelo Brasil e por vários outros países como Moçambique, Portugal, Inglaterra, Canadá, Estados Unidos, entre outros, através de meus cursos on-line”, finalizou a confeiteira.
Sebrae oferece suporte
Para quem quer fazer parte do time de empreendedores, o Sebrae oferece orientações para diversos tipos e tamanhos de negócios.
O analista técnico e orientador de Negócios do Sebrae, Wagner Gomes, explicou que de que forma o Sebrae ajuda a quem procura.
Prestamos orientações sobre planejamento de forma presencial e à distância
Wagner Gomes
“O Sebrae é um fomentador do empreendedorismo e impulsionador de micro e pequenos negócios, que atua em diversas frentes. Prestamos orientações sobre planejamento de forma presencial e à distância; disponibilizamos conteúdos encaminhados por e-mail ou telefone”, disse, em entrevista ao Massa!
Ainda de acordo com ele, mesmo quem ainda não abriu a própria empresa pode receber orientações do Sebrae e ter um ‘norte’ para fazer a coisa certa.
“Para quem está começando e ainda não tem a empresa formalizada, faz-se necessário realizar a inscrição com seus dados pessoais. Nesse caso indicamos conteúdos de planejamento para abertura de negócio”, destacou Wagner Gomes.
As inscrições dos programas podem ser feitas de maneira online em cada plataforma - ead.sebrae.com.br, sebrae.com.br, além de orientações com a Central Nacional de Relacionamento Sebrae pelo número 0800 570 0800.