
O governo do Rio de Janeiro afirmou, nesta quarta-feira (29), que pode processar moradores que retiraram os corpos de traficantes mortos em área de mata durante a megaoperação policial iniciada no dia anterior. Segundo o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, algumas pessoas teriam retirado as roupas camufladas dos criminosos para, teoricamente, se passarem por inocentes.
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“Esses indivíduos estavam na mata, equipados com roupas camufladas, coletes e armamentos. Agora, muitos deles surgem apenas de cueca ou short, sem qualquer equipamento, como se tivessem atravessado um portal e trocado de roupa”, bradou o secretário.
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), divulgou vídeos em suas redes sociais mostrando o momento em que moradores retiravam as roupas dos criminosos. O chefe do Executivo carioca afirmou que “o crime é capaz de enganar até a população”.
É revoltante ver até onde o crime é capaz de ir para tentar enganar a população.
— Cláudio Castro (@claudiocastroRJ) October 29, 2025
Circulam vídeos mostrando claramente a manipulação de corpos depois dos confrontos: pessoas cortando roupas camufladas, tentando mudar a cena para culpar a polícia. pic.twitter.com/84anqp3rIw
Operação mais letal da história
A megaoperação realizada nos complexos do Alemão e da Penha entrou para a história como a ação policial mais letal já registrada no país. Até o momento, 117 suspeitos foram mortos.
O último balanço divulgado na terça-feira (28) apontava 64 mortes. No entanto, apenas na manhã desta quarta (29), cerca de 74 corpos foram levados por moradores da Penha até a Praça São Lucas.
