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Alerta - 29/09/2025, 06:00 - Silvânia Nascimento

Doenças cardiovasculares matam em silêncio, alerta cardiologista

Sintomas discretos e hábitos nocivos tornam as doenças cardíacas tão fatais

As doenças cardiovasculares são apontadas pelo Ministério da Saúde (MS) como a principal causa de morte no Brasil e no mundo
As doenças cardiovasculares são apontadas pelo Ministério da Saúde (MS) como a principal causa de morte no Brasil e no mundo |  Foto: Freepik / Foto Ilustrativa

Aperto no peito, falta de ar, inchaço no corpo, fadiga, palpitações. Esses alguns dos sintomas que podem ser associados as doenças cardiovasculares são apontadas pelo Ministério da Saúde (MS) como a principal causa de morte no Brasil e no mundo.

São elas as responsáveis por, anualmente, tirar a vida de milhares de brasileiros, em especial daqueles que possuem histórico de tabagismo, colesterol em excesso, hipertensão, obesidade, estresse, depressão e diabetes. Segundo o Ministério da Saúde, os diabéticos têm duas a quatro vezes mais chances de sofrer um infarto.

Mas afinal, por que as doenças cardiovasculares são tão letais? Quem traz essa explicação é o médico Luiz Guilherme Velloso, cardiologista da Rede de Hospitais São Camilo.

"Doença cardiovascular é, basicamente, qualquer problema que afeta o coração ou os vasos sanguíneos. Elas são tão letais por terem uma grande incidência populacional e por serem causa de doenças de alto risco de morte, como o infarto e os acidentes vasculares cerebrais. Elas têm, em geral, uma evolução silenciosa, causando danos à circulação durante muitos anos, e se manifestam depois de longos períodos assintomáticos. As doenças cardiocirculatórias são a principal causa de morte em nossa população”, disse em entrevista ao MASSA!.

Luiz Guilherme Veloso, médico cardiologista
Luiz Guilherme Veloso, médico cardiologista | Foto: Arquivo Pessoal

Mesmo se desenvolvendo ao longo do tempo, sinais como dor ou desconforto no centro do peito, nos braços, ombro esquerdo, cotovelos, mandíbula ou costas, podem ser um indício de ataque cardíaco. O paciente também pode apresentar dificuldade em respirar ou falta de ar, sensação de enjoo ou vômito, sensação de desmaio ou tontura, suor frio e palidez.

Também conforme esclarecimentos do especialista, essas doenças têm uma incidência crescente conforme a faixa etária, começando a repercutir de forma mais intensa no público que tem mais de 60 anos, embora sejam detectadas com frequência já a partir dos 40 anos.

"A ocorrência é menor em mulheres antes da menopausa, mas depois desta fase a ocorrência de doenças cardiovasculares supera gradualmente a dos homens. Cultivar hábitos saudáveis reduz a ocorrência de doenças cardiovasculares”, alertou o médico durante conversa com o MASSA!.

Crianças também são afetadas

Embora as pessoas acima dos 60 anos estejam mais vulneráveis, crianças e jovem também podem ser afetados por doenças cardiovasculares.

"Em decorrência de sedentarismo, uso excessivo de telas, alimentação inadequada evoluindo para colesterol alto (dislipidemia que também pode ter um fator genético familiar) e obesidade, nos adolescentes incluem tabagismo e hipertensão arterial", explicou o cardiologista Luiz Guilherme Velloso,

"O processo de acúmulo de gordura nas artérias (aterosclerose) pode começar na infância e obstruir o vaso levando infarto agudo do miocárdio no adulto e como também doenças cerebrovasculares (acidente vascular cerebral)”, concluiu.

Mudanças de hábitos

Dentre os hábitos listados pelo médico estão a prática de exercício físico regular, consumo moderado de carboidratos e de gorduras de origem animal, evitar o uso de bebidas alcoólicas e abster-se completamente de fumar.

“Além de buscar ativamente os bons hábitos, é recomendável uma avaliação profissional para detectar riscos ocultos à saúde cardiocirculatória – é o caso do controle da pressão arterial, diabetes e níveis anormais de colesterol. É uma condição que merece atenção porque muitas vezes ela pode se desenvolver de forma silenciosa, sem dar muitos sinais. Em pacientes com mais de 40 anos, é recomendável com exames como o eletrocardiograma”, orientou o cardiologista.

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