
A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi) iniciou, nesta quarta-feira (20), a IV Conferência Estadual de Promoção da Igualdade Racial (IV Conepir) que promove discussões, sugestões, provocações e contribuições do movimento negro do estado. O primeiro dia do evento foi realizado no Hotel Fiesta, no bairro do Itaigara, em Salvador, com programação nos turnos da manhã e tarde.
Com a presença de convidados, gestores públicos, lideranças sociais e representantes de povos e comunidades tradicionais, a iniciativa promoveu uma série de atividades, como mesa de conversas, exibição do filme “1798 – Revolta dos Búzios”, do cineasta baiano Antônio Olavo e outras.
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Andreia Almeida, vice-presidente e representante União de Negras e Negros pela Igualdade (Unegro da Bahia), destacou como conferência contribui para a busca de melhorias que atendem o coletivo.

"A ideia é que a partir dessas discussões a gente possa gerar políticas públicas que dialoguem com as nossas demandas e que nos oriente, que nos conduza, de fato, à construção de uma sociedade mais justa e mais igualitária. Importante destacar que é um evento que reúne, além de representantes do movimento negro, representantes de movimento indígenas, matriz africana, de terreiro da sociedade civil como um todo", disse Andreia.
As atividades seguirão até esta sexta-feira (22) , com a retomada dos grupos de trabalho para sistematização das propostas debatidas. Participam da conferência representantes de diversos municípios e dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.
Presente no primeiro dia do evento, a secretária da Sepromi, Ângela Guimarães, enalteceu o valor da Conferência.
“Eu considero que é muito oportuno fazer um espaço de escuta, participação social e democrática tão ampla quanto esse aqui, num momento em que os pressupostos da democracia são questionados no mundo. O Brasil está resistindo às tentativas de sujeição e interferência externa que os Estados Unidos estão buscando ditar. E a resposta que a gente precisa dar, além do povo na rua, é esse fortalecimento do diálogo de governos democráticos com movimentos sociais organizados, com a sociedade civil”, declarou.
